quinta-feira, 28 de agosto de 2014

AUTO-ESTIMA E A IMPORTÂNCIA DE SUA ABORDAGEM NAS PRÁTICAS DE SAÚDE MENTAL

Data: 21/08/2014

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

Aluno: Francisco Hélio Oliveira Júnior

Disciplina: Saúde Mental 2

Profº Diego da Rosa Leal

 

AUTO-ESTIMA E A IMPORTÂNCIA DE SUA ABORDAGEM  NAS PRÁTICAS DE SAÚDE MENTAL

 

Mary Townsend, especialista em Enfermagem Clínica e Psiquiátrica, reserva um capítulo inteiro no seu livro Enfermagem Psiquiátrica- Conceitos de Cuidados, 3ª Ed, 2002, para abordar de maneira abrangente um tema muito interessante para os estudiosos e praticantes da área da saúde mental, que é a auto-estima. Além de conceituar essa característica inerente do ser humano, ela relata a importância de analisar esse aspecto no ser humano a ser tratado, além de ensinar de forma breve e objetiva as formas de se fazer essa análise.

A auto- estima, segundo Townsend, é um componente imprescindível para sobrevivência psicológica de cada indivíduo. Consiste em como o ser humano se percebe, se avalia e se valoriza no meio social onde está inserido, fatores  esses que podem ser influenciados por aspectos contextuais de cada indivíduo. A partir dessas características a auto-estima se torna uma eficaz ferramenta de análise da saúde mental dos clientes (TOWNSEND, 2002).

O desenvolvimento da auto-estima, segundo a psicóloga Vera Monteiro, do Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa Portugal, em seu artigo Promoção do Autoconceito e Auto Estima através de um Programa de Leitura a Par-2012, tem seu início e praticamente determinação na fase infantil, através dos primeiros contatos interpessoais da criança, de sua desenvoltura para com as pessoas que o cercam. Monteiro afirma ainda que o incentivo de um autoconceito positivo às crianças torna sua formação acadêmica e pessoal muito satisfatórias, ou seja, crianças que são incentivadas e desenvolvem um auto-estima favorável serão adultos que obterão maior sucesso na vida (MONTEIRO, 2012).

 

O desenvolvimento do autoconceito pode ser equilibrado, inferior ou em demasia, a depender das singularidades e contextos de cada um, porém existem fatores externos que podem influenciar no mesmo, e melhor, ainda podem ser manipulados para se atingir o grau adequado de auto-estima. Cabe aos profissionais da área da saúde mental ter maturidade e sabedoria para saber intervir nos mesmos de maneira eficaz.

Características como autonomia  para tomar decisões, reconhecimento de virtudes e conquistas, competência, valorização da imagem corporal e espiritual, podem ser exploradas na terapêutica à pacientes portadores de psicopatologias influenciadas ou causadores de baixo auto- estima, através de exercícios de reflexão e atividades nas quais o cliente possa colocar em prática as suas qualidades, além de perceber suas limitações e saber contorná-las sem frustração para não influenciar negativamente em seu respectivo tratamento (TOWNSEND, 2002).

 

A promoção de uma boa auto-estima pode auxiliar em tratamentos múltiplos de pacientes portadores de transtornos mentais, principalmente relacionados à personalidade ou ao humor, onde de maneira crítica e eficaz, os profissionais envolvidos no cuidado com o mesmo, pode utilizar de diversas ferramentas para contornar a situação, desenvolvendo uma maior determinação e positivismo ou pessimismo por parte do cliente relacionado à sua terapia específica e até mesmo influenciar na sua vida, aspecto esse último que não deve ser de forma alguma excluído na prática de uma psiquiatria mais holística, mais completa.

 

 

REFERENCIAS

 

TOWNSEND, Mary C. O Processo de Enfermagem na Enfermagem Psiquiátrica de Saúde Mental. In: TOWNSEND, Mary C. Enfermagem Psiquiátrica- Conceitos de Cuidados, 3ª Ed.  Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2002. Páginas 115-124.

MONTEIRO, Vera. Promoção do Autoconceito e Auto Estima através de um Programa de Leitura a Par. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25 (1), 147-155. 2012.

 

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Seu irmão em Cristo, nosso Senhor.
DIEGO DA ROSA LEAL
Enfermeiro - COREN ID 98607

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