terça-feira, 23 de setembro de 2014

Fwd: Resenha Crítica sobre Promoção da Auto-estima


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Maria Luíza Costa <marialuizabcg@gmail.com>
Data: 2 de setembro de 2014 07:53
Assunto: Resenha Crítica sobre Promoção da Auto-estima
Para: Diego da Rosa Leal <darosaleal.diego@gmail.com>


A auto-estima é um componente essencial para a sobrevivência psicológica, visto que ela expressa a quantidade de valor que o ser humano agrega a si mesmo e colabora para a satisfação de necessidades humanas básicas. Esta agregação de valores, proveniente da consciência que o indivíduo tem sobre si mesmo, pode se dar de forma positiva ou negativa, colaborando para o aparecimento de distúrbios da auto-estima.

O conhecimento do indivíduo sobre si próprio é baseado na conceituação do eu, que constitui no conjunto de sentimentos e opiniões que se tem de si mesmo em um dado momento, oriundo da percepção das relações interpessoais e que irá direcionar o comportamento pessoal.

O conceito do eu é constituído pelo "eu físico", formado pela coleção de informações resultadas da avaliação pessoal dos aspectos físicos associada aos processos afetivos e cognitivos, pela "identidade pessoal", onde o indivíduo realiza uma auto-avaliação acerca da sua moral-ética, uma tentativa de manter a imagem do eu estável mesmo sendo negativa, e uma percepção do que o indivíduo deseja ser ou fazer, e pela "auto-estima", que consiste no grau de estima que há sobre si próprio.

O desenvolvimento da auto-estima positiva se dá pelo sentimento de poder sobre determinada situação, pela capacidade de se sentir amado, pelas ações que expressem valores pessoais, morais e éticos, pela capacidade do indivíduo se desempenhar ou atingir expectativas, e pelo estabelecimento de limites de forma consistente.

O desenvolvimento da auto-estima é realizado por toda a vida do individuo, segundo a teoria do desenvolvimento de personalidade, que aborda oito crises de transição ou maturação influentes a auto-estima de acordo com suas resoluções, sendo elas confiança versus desconfiança, autonomia versus vergonha e dúvida, iniciativa versus culpa, indústria versus inferioridade, identidade versus confusão de papéis, intimidade versus isolamento, produtividade versus estagnação, integridade do ego versus desespero.

A auto-estima baixa se manifesta através de estímulos focais, que são preocupações imediatas que ameaçam a auto-estima e o estimulo para o comportamento atual, estímulos contextuais, que estão presentes no ambiente e contribuem para o comportamento causado pelo estímulo focal, estímulos residuais, que são fatores que podem influenciar o comportamento desajustado formado a partir de estímulos focais e contextuais, e sintomatologia, que alcança uma larga escala, afetando não só os aspectos psiquiátricos, mas também expressando-se por somatizações.

Com a finalidade de estabelecer o espaço individual físico e psicológico deve haver o estabelecimento de limites, colaborando para uma melhor definição do eu e conseqüente qualidade da auto-estima, sendo os limites rígidos, quando não há oportunidade aquilo que é novo, flexíveis, que são sadios e tornam o indivíduo capaz de adentrar novos limites, e entrelaçados, caracterizados pela mistura com os limites do outro conferindo incapacidade de traçar seus próprios limites.

 Visto que a baixa auto-estima interfere na saúde do indivíduo causando uma abrangência de sintomatologia e que pode ser expressa no paciente simplesmente por ele estar internado, fazendo tratamentos longos, ou ter passado por um processo cirúrgico radical, devido determinada patologia, agravando seu quadro clínico, o profissional de enfermagem deve estar atento às expressões do paciente, seu modo comportamental, à sua história. Dessa forma o enfermeiro poderá perceber uma auto-avaliação negativa do cliente, terá capacidade para realizar o diagnóstico de enfermagem para baixa auto-estima e auxiliará o paciente a assumir responsabilidade pessoal, pensar acerca dos seus pontos positivos e resolver o fator de ameaça à auto-estima.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 

Townsend, Mary C. (2002). Enfermagem Psiquiátrica: conceitos de cuidado. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.




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Seu irmão em Cristo, nosso Senhor.
DIEGO DA ROSA LEAL
Enfermeiro - COREN ID 98607

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